CURADORIA E BRICOLAGEM: COMPETÊNCIAS DO LETRAMENTO DIGITAL

Autores/as

  • Jose Armando Valente Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.25112/rco.v2.2978

Palabras clave:

Competências digitais, Mídia, Tecnologias digitais, Tecnologia educacional, Ensino básico

Resumen

O letramento digital está sendo cada vez mais reconhecido como um importante conjunto de competências que contribuem para o desenvolvimento de conhecimento, habilidades e atitudes que são fundamentais na navegação no mar digital. Além do que já é conhecido nessa área, duas outras competências são analisadas no artigo: a curadoria e a bricolagem. O objetivo do artigo é discutir cada uma dessas concepções e, em seguida, verificar como cada uma delas contribui para o letramento digital. A metodologia utilizada foi bibliográfica, baseada em textos da literatura especializada sobre cada um desses temas e artigos que buscam mostrar como elas podem ser aplicadas. Os resultados revelam que tanto a curadoria quanto a bricolagem podem ser realizadas com conteúdos digitais, e os procedimentos a serem seguidos têm relevantes contribuições para a construção de conhecimento e para o desenvolvimento do letramento digital. Essas conclusões são essenciais para a exploração da curadoria e da bricolagem na implantação de atividades de uso das tecnologias digitais e das mídias na educação, especialmente no ensino básico.

Biografía del autor/a

Jose Armando Valente, Universidade Estadual de Campinas

Doutor em Informática na Educação pelo Massachusetts Institute of Technology (Cambridge/EUA). Pesquisador Colaborador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação na Universidade Estadual de Campinas (Campinas/Brasil). Email: jvalente@unicamp.br. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1347-186X

Citas

BRIGGS, S. Teaching content curation and 20 resources to help you do it. In: InformED. 2016. Disponível em: https://www.opencolleges.edu.au/informed/features/content-curation-20-resources. Acesso em: 17 jan. 2022.

CARBO, T. Conceptual relationship of information literacy and media literacy: consideration within the broader mediacy and metaliteracy framework. In: UNESCO. Conceptual Relationship of Information Literacy and Media Literacy in Knowledge Societies. Paris: UNESCO, 2013. Disponível em: http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/CI/pdf/wsis/WSIS_10_Event/WSIS_Series_of_research_papers_Conceptual_Relationship_between_Information_Literacy_and_Media_Literacy.pdf. Acesso em: 18 jan. 2022.

DALE, S. Content curation: the future of relevance. Business Information Review, v. 31, n. 4, p. 199-205, 2014. Disponível em: DOI: 10.1177/0266382114564267. Acesso em: 20 jan. 2022.

DENICOLAI, L. Media educative bricolage? In: INTERNATIONAL CONFERENCE PROCEEDINGS. New Perspectives in Science Education. Anais... Florence, Italy, 2015.

DIAS, P. Cultura de inovação na educação a distância e em rede. Revista e-Curriculum, v. 18, n. 4, p. 1733-1747, out./dez. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.23925/1809-3876.2020v18i4p1733-1747. Acesso em: 26 jan. 2022.

DISESSA, A. A. Changing minds: computers, learning, and literacy. Paperback edition. Cambridge, MA: MIT Press, 2001.

DONOVAN, L.; ANDERBERG, S. Teacher as curator: formative assessment and arts-based strategies. New York: Teacher College Press, 2020.

ELICKER, A.; BARBOSA, D. Literacia digital. Porto Alegre: Cirkula, 2021.

ENGARD, N. C. (ed.). Library mashups: exploring new ways to deliver library data. New Jersey: Information Today, 2009.

ENGARD, N. C. (ed.). More library mashups: exploring new ways to deliver library data. New Jersey: Information Today, 2014.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

GILSTER, P. Digital literacy. New York: Wiley, 1997.

GONZALEZ, J. Are you a curator or a dumper? In: Cult of Pedagogy. 2018. Disponível em: https://www.cultofpedagogy.com/curator-or-dumper/. Acesso em: 12 fev. 2022.

GOOD, R. Why curation revolutionizes education & learning: 10 disruptive factors transforming the world of education and learning. Consequences, Opportunities, Tools. In: Content Curation Official Guide. 2016. Disponível em: https://medium.com/content-curation-official-guide/why-curation-revolutionizes-education-learning-5d0130457a81. Acesso em: 12 fev. 2022.

HALLETT, R.; GRINDLE, N. Designing curation for student engagement. Student Engagement in Higher Education Journal, v. 2, Issue 3, Nov. 2019.

JENKINS, H.; CLINTON, K.; PURUSHOTMA, R.; ROBISON, A. J.; WEIGEL, M. Confronting the challenges of participatory culture: media education for the 21st century. In: MacArthur Foundation. 2006. Disponível em: https://www.macfound.org/media/article_pdfs/jenkins_white_paper.pdf. Acesso em: 21 fev. 2022.

KINCHELOE, J. L. On to the next level: continuing the conceptualization of the bricolage. Qualitative Inquiry, v. 11, n. 3, p. 323-350, 2005.

KLEIMAN, A. Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1995.

KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Reading images: the grammar of visual design. London: Routledge, 1996.

LAWLER, R. W. Learning with computers. Exeter: Intelect Books, 1997.

LEMKE, J. L. Travels in hypermodality. Visual Communication, v. 1, n. 3, p. 299-325, 2002.

LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970.

Manovich, L. The language of new media. Cambridge: MIT Press, 2001.

MARKHAM, A. N. Taking data literacy to the streets: critical pedagogy in the public. Qualitative Inquiry, v. 26, n. 2, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1177/1077800419859024. Acesso em: 12 fev. 2022.

MCLEAN, A.; WIGGINS, G. A. Bricolage programming in the creative arts. In: CONFERENCE, PSYCHOLOGY OF PROGRAMMING INTEREST GROUP, 22. Anais… Madrid, 2010.

MIHAILIDIS, P.; COHEN, J. N. Exploring curation as a core competency in digital and media literacy education. Journal of Interactive Media in Education, v. 1, 2013. Disponível em: http://doi.org/10.5334/2013-02. Acesso em: 16 jan. 2022.

NAVAS, E. Remix Theory: the aesthetics of sampling. Wien: Springer, 2012. Disponível em: https://remixtheory.net/?page_id=491. Acesso em: 12 fev. 2022.

OFFICIAL JOURNAL OF THE EUROPEAN UNION. Recommendation of the European Parliament and of the Council of 18 December 2006 on key competences for lifelong learning. Official Journal of the European Union, 396, 30 dez. 2006. Disponível em: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/PDF/?uri=CELEX:32006H0962&from=EN. Acesso em: 8 fev. 2022.

OLDHAM, L. Curation: it’s not just for museums anymore. Computers in New Zealand Schools, v. 23, n. 3, p. 262-273, 2011.

PAPERT, S. Logo: computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1985. Traduzido de PAPERT, S. Mindstorms. Children, computer and powerful ideas. New York: Basic Books, 1980.

PAPSON, S. Intellectuals, scholars, bricoleurs. Arts and Humanities in Higher Education, v. 13, n. 4, 2014.

PIAGET, J. A tomada de consciência. São Paulo: Melhoramentos e Editora da Universidade de São Paulo, 1977.

PIAGET, J. Fazer e compreender. São Paulo: Melhoramentos e Editora da Universidade de São Paulo, 1978.

PROCESSING. Welcome to Processing! 2022. Disponível em: https://processing.org/. Acesso em: 24 fev. 2022.

REINALDIM, I. Tópicos sobre curadoria. Revista Poiésis, n. 26, p. 15-28, dez. 2015.

RESNICK, M. Jardim de infância para a vida toda: por uma aprendizagem criativa, mão na massa e relevante para todos. Porto Alegre: Penso, 2020.

SANDERS, I.; SLOLY, D. Mash-up! London: Kogan Page, 2012. Disponível em: https://www.perlego.com/book/1015286/mashup-pdf. Acesso em: 3 fev. 2022.

santaella, l. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, 2004.

SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: tecnologias para aprendizagem. 2. ed. São Paulo: SME/COPED, 2017.

SIMÕES, F. A.; VALENTE, J. A. Remix e Curadoria Digital: o uso de filtros como ferramenta discursiva. CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE, 22. Anais… Volta Redonda, RJ, 2017.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

SOBOLEWSKA, E. Tailoring methodological bricolage to investigate non-discretionary use of digital technology. Proceedings of British HCI, 2017.

SPENCER, J. Getting started with content curation in the classroom. In: John Spencer. 2021. Disponível em: https://spencerauthor.com/content-curation. Acesso em: 19 jul. 2021.

TURKLE, S.; PAPERT, S. Epistemological pluralism: styles and voices within the computer culture. Signs, v. 16, n. 1, p. 128-157, 1990. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3174610. Acesso em: 12 fev. 2022.

TUZEL, S.; HOBBS, R. The use of social media and popular culture to advance cross-cultural understanding. Comunicar, v. XXV, n. 51, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.3916/C51-2017-06. Acesso em: 11 out. 2018.

VALENTE, J. A. A espiral da espiral de aprendizagem: o processo de compreensão do papel das tecnologias de informação e comunicação na educação. 2005. 238 f. Tese (Livre-docência) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP, 2005. Disponível em: https://hdl.handle.net/20.500.12733/1617685. Acesso em: 9 fev. 2022.

WIBBERLEY, C. Getting to grips with bricolage: a personal account. The Qualitative Report, v. 17, n. 25, p. 1-8, 2012. Disponível em: http://www.nova.edu/ssss/QR/QR17/wibberley.pdf. Acesso em: 12 fev. 2022.

WOLFF, A.; MULHOLLAND, P. Curation, curation, curation. Proceedings of the 3rd Narrative and Hypertext Workshop, Paris, p. 1-5, May 2013. Disponível em: 10.1145/2462216.2462217. Acesso em: 12 fev. 2022.

Descargas

Publicado

2022-08-22

Cómo citar

Valente, J. A. (2022). CURADORIA E BRICOLAGEM: COMPETÊNCIAS DO LETRAMENTO DIGITAL. Revista Conhecimento Online, 2, 196–219. https://doi.org/10.25112/rco.v2.2978

Número

Vol. 2 (2022): Julho / Dezembro - Literacia digital em contextos educativos

Sección

Dossiê

Licencia

Derechos de autor 2022 Jose Armando Valente

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

• Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons - Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).

• Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), pois isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.