“DAS CIDADES SE DEVERIA TOMBAR A ATMOSFERA”: UM OLHAR SOBRE O COMPLEXO CULTURAL DA MARINHA E A ECONOMIA CRIATIVA NO RIO DE JANEIRO

Autores/as

  • Lucia Santa Cruz Escola Superior de Propaganda e Marketing
  • Lorena Fraga Costa Moulin Escola Superior de Propaganda e Marketing

DOI:

https://doi.org/10.25112/bcij.v1i1.2670

Palabras clave:

Economia Criativa, Patrimônio Cultural, Complexo Cultural da Marinha, Corredor Cultural, Memória Coletiva

Resumen

Este artigo objetiva identificar como o Complexo Cultural da Marinha, no Centro do Rio de Janeiro, estimula o desenvolvimento da Economia Criativa carioca. Utilizou-se coleta de dados por pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e uma entrevista em profundidade, semi-aberta, com roteiro feito a partir de questões semi-estruturadas. Realizou-se ainda análise de conteúdo, resultando em três abordagens categorizadas. Analisou-se o cenário de reestruturação da região do entorno do Complexo desde a criação do Corredor Cultural; a participação dos militares na economia criativa e a interação da Força Armada com a sociedade civil por meio de equipamentos culturais. Concluiu-se que o Complexo auxilia na manutenção de cidadãos naquela região, por meio de seus equipamentos culturais. Observou-se ainda que o Complexo Cultural da Marinha preserva, valoriza e difunde o patrimônio histórico tanto da Força Armada quanto do Brasil, estímulo esse fornecido à Economia Criativa na cidade carioca, e, por consequência, ao desenvolvimento da região.

Biografía del autor/a

Lucia Santa Cruz, Escola Superior de Propaganda e Marketing

Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/Brasil). Professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (Rio de Janeiro/Brasil). E-mail: lucia.santacruz@espm.br

Lorena Fraga Costa Moulin, Escola Superior de Propaganda e Marketing

Mestra em Gestão da Economia Criativa pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (Rio de Janeiro/Brasil). Assessora de Comunicação na Marinha do Brasil (Rio de Janeiro/Brasil). E-mail: lorenafragacosta@gmail.com

Citas

ABREU, R.; CHAGAS, M. Introdução. In: ABREU, R.; CHAGAS, M. (orgs.) Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009.

BOKOVA, Irina. Textos base. In: Convenção de 2003 para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. Paris: Unesco, 2012. Diponível em: https://docs.wixstatic.com/ugd/588860_c392e4a2bab84c8da21a48ffe0f2afb3.pdf. Acesso em: 11 set. 2019.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática. 2005.

FIGUEIREDO, J. L. de; JESUS, D. S. V. de (Org.). Cidades criativas: aspectos setoriais e territoriais. Rio de Janeiro: E-papers, 2017.

FIRJAN. Mapeamento da indústria criativa no Brasil. Rio de Janeiro: Firjan, 2019.

FONSECA, T. P. da. Participação em ações de preservação: o caso do Corredor Cultural do Rio de Janeiro. Risco, v. 10. 2009, p. 35-44. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/risco/article/view/44778/48409. Acesso em: 30 mai. 2019.

GONÇALVES, J. R. S. Monumentalidade e cotidiano: os patrimônios culturais como gênero de discurso. In: OLIVEIRA, Lúcia Lippi (Org.). Cidade: história e desafios. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

HARTOG, François. Tempo e patrimônio. Varia Historia, Belo Horizonte, PPGHis-UFMG, v. 22, n. 36, jul./ dez. 2006, p. 261-273.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1990.

JESUS, D. S. V. de. Saudade de mim: patrimônio cultural e economia criativa na cidade do Rio de Janeiro. In: FIGUEIREDO, J. L. de; JESUS, D. S. V. de (Org.). Cidades criativas: aspectos setoriais e territoriais. Rio de Janeiro: E-papers, 2017.

KITUYI, M. Creative Economy Outlook: Trends in international trade in creative industries. In: UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development. Disponível em: https://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ditcted2018d3_en.pdf. Acesso em: 09 jun. 2019.

LANDRY, C. Prefácio. In: REIS, Ana Carla Fonseca; KAGEYAMA, P. (Orgs.). Cidades criativas: perspectivas. São Paulo: Garimpo de Soluções, 2011. p. 7-15.

LANDRY, C. The creative city: a toolkit for urban innovators. Londres: Earthscan, 2000.

LANDRY, C.; BIANCHINI, F. The creative city. Reino Unido: Demos, 1998. E-book. Disponível em: https://www.demos.co.uk/files/thecreativecity.pdf. Acesso em: 20 maio 2019.

MACHADO, Sandra. Corredor Cultural preserva memória do Rio. Multirio, Rio de Janeiro, 06 jan. 2015. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/993-mapa. Aceso em: 27 maio 2019.

MADEIRA, M. G. Economia criativa: implicações e desafios para a política externa brasileira. Brasília: FUNAG, 2014.

MATHAIS, J. C. Museu Marítimo – MuMa. Revista Marítima Brasileira, Rio de Janeiro, v. 138, n. 04/06, p. 8-10, abr./jun., 2017. Disponível em: http://www.revistamaritima.com.br/revistas/museu-maritimo. Acesso em: 01 jun. 2019.

MUSEUS NAVAIS. DPHDM. Disponível em: https://www.marinha.mil.br/dphdm. Acesso em: 01 jun. 2019.

NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, PUC-SP, n. 10, 1993, p. 7-28.

OLIVEIRA, L. L. (Org). Cidade: história e desafios. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 2002.

SILVA, De P. e. Vocabulário jurídico. Pátria. 23 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 1014.

SILVA, De P. e. Vocabulário jurídico. Patrimônio. 23 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 1014.

PINHEIRO, A. I. de F. Aprendendo com o Patrimônio. In: OLIVEIRA, Lúcia Lippi (org). Cidade: história e desafios. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getulio Vargas, 2002a.

PINHEIRO, A. I. de F. Novas Experiências em urbanismo: Barra da Tijuca e Corredor Cultural. In: FREIRE, Américo; OLIVEIRA, Lúcia Lippi (org). Capítulos da memória do urbanismo carioca: depoimentos ao CPDOC/ FGV. Rio de Janeiro: Folha Seca, 2002b.

PIO, L. G. Cidade e Patrimônio nos projetos Corredor Cultural e Porto Maravilha. Revista Húmus, v. 4, n. 10, 2014, p. 55-65. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/2360. Acesso em: 19 maio 2019.

REIS, A. C. F. Cidades Criativas: da teoria à prática. São Paulo: SESI-SP editora, 2012.

REIS, A. C. F. Economia Criativa como estratégia de desenvolvimento: uma visão dos países em desenvolvimento. São Paulo: Garimpo de Soluções e Itaú Cultural, 2008.

REIS, A. C. F. Economia da cultura e desenvolvimento sustentável: O caleidoscópio da cultura. Barueri: Manole, 2005.

REIS, A. C. F.; KAGEYAMA, P. (Org.). Cidades Criativas-Perspectivas. São Paulo: Garimpo de soluções & Creative Cities Productions, 2011.

RIBEIRO, R. W. Rio de Janeiro: paisagens cariocas entre a montanha e o mar. São Paulo: Editora Brasileira de Arte e Cultura; Brasília: UNESCO, 2016. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000246757. Acesso em: 08 jun. 2019.

RIO DE JANEIRO. Lei nº. 506 de 17 de janeiro de 1984. Disponível em: http://www0.rio.rj.gov.br/patrimonio/apac/. Acesso em: 16 maio 2019.

RIO DE JANEIRO. Decreto nº. 4141 de 14 de julho de 1983. Disponível em: http://www0.rio.rj.gov.br/patrimonio/pastas/legislacao/centro_dec4141_83_corredor_cultural.pdf. Acesso em: 16 maio 2019.

ROLIM, Eliana de Souza. Patrimônio histórico, memória, história e construção de saberes. In: XXVII Simpósio Nacional de História. Natal, 22 a 26 de julho de 2013. Anais... São Paulo: Anpuh, 2013. Disponível em: www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1371265630_ARQUIVO_ArtigoXXVIISimposioNacionalversaofinal.pdf. Acesso em: 02 jun. 2019.

SANTA CRUZ, L. O Amanhã no Museu. In: FIGUEIREDO, J. L. de; JESUS, D. S. Vieira de (Org.). Cidades criativas: aspectos setoriais e territoriais. Rio de Janeiro: E-papers, 2017.

SANTANA, N. M. C. de. Memória, Políticas de Patrimônio e Turismo: o Corredor Cultural no Rio de Janeiro. In: XXVI Simpósio Nacional de História. São Paulo, 17 a 22 de julho de 2011. Anais... São Paulo: Anpuh, jul. 2011. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1308182702_ARQUIVO_TextoANPUH.pdf. Acesso em: 02 jun. 2019.

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO (SEC-RJ). Complexo Cultural da Marinha. Museus do Rio - Um guia de memórias e afetividades. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: https://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=52:complexo-cultural-da-marinha-espa%C3%A7o-cultural-da-marinha. Acesso em: 01 jun. 2019.

SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO. Complexo Cultural da Marinha. Museus do Rio - Um guia de memórias e afetividades. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: https://www.museusdorio.com.br/joomla/index.php?option=com_k2&view=item&id=52:complexo-cultural-da-marinha-espa%C3%A7o-cultural-da-marinha. Acesso em: 01 jun. 2019.

SILVA FILHO, J. M. Complexo Cultural da Marinha – gerente de visitação. Entrevista à autora, via telefone, em 14 jun. 2019.

THROSBY, D. Economics of cultural politics. Cambridge: University Press: 2010.

UNCTAD. Creative Economy Outlook: Trends in international trade in creative industries. Disponível em: https://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ditcted2018d3_en.pdf. Acesso em: 09 jun. 2019.

UNESCO. Cultura e desenvolvimento sustentável. Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/culture-and-development/culture-in-sustainable-development/. Acesso em: 08 jun. 2019.

Publicado

2021-07-01