DA LITERATURA AO CINEMA: REPRESENTAÇÕES PÓS-COLONIAIS EM O ÚLTIMO VOO DO FLAMINGO
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v1.4025Palavras-chave:
Descolonização. Cronótopo. Adaptação. Mia Couto. João Ribeiro.Resumo
Mia Couto publicou o romance O último voo do flamingo, em 2000. Em 2010, é lançado o filme homónimo de João Ribeiro. Apesar de utilizarem linguagens diferentes, ambos os autores colocam a nu um olhar descolonizado sobre Moçambique. Assim, com este texto, pretende apresentar-se as relações entre o filme e o romance homónimo, interligando ficção e história. Dar-se-á destaque à forma de adaptação, a partir da representação do espaço e do tempo em ambos os códigos artísticos, com o objetivo de destacar o processo difícil de descolonização da sociedade moçambicana. As representações pós-coloniais serão analisadas na óptica da interdiscursividade, afastamento do cânome ocidental através do realismo mágico e sentido de alteridade. Conclui-se, no final, que a longa metragem de João Ribeiro adapta o texto de Mia Couto, expondo o olhar cinematográfico sobre a história de Moçambique, não descurando uma poética visual de captação do mundo tradicional, já presente em Mia Couto. Através da representação do espaço e do tempo, ambas as linguagens artísticas se apresentam como um contradiscurso à cultura europeia, privilegiando a alteridade e contribuindo para a construção de uma identidade moçambicana.
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