EXEGESE DE UMA ETNOGRAFIA DE PERTO - PALESTINOS NO EXTREMO SUL DO BRASIL: IDENTIDADE ÉTNICA E OS MECANISMOS DE PRODUÇÃO DE ETNICIDADE - CHUÍ/RS
DOI:
https://doi.org/10.25112/rp.v1i0.571Resumen
Este trabalho consiste numa exegese etnográfica de uma descrição densa. O texto escolhido, além de representar uma tese sobre as indagações de identidade étnica ou coletiva de um grupo cultural designado como palestino, permite uma incursão na alteridade numa esfera sociocultural cheia de incertezas e expectativas numa experiência vivida na localidade do Chuí, situada no extremo sul do Brasil, fronteira com o Uruguai, a cerca de 500 km de Porto Alegre. A análise pensa as relações hierárquicas produzidas entre os próprios palestinos, a partir de iniciativas de ajuda ofertadas e aceitas, respectivamente, pelos patrícios, isto é, os palestinos detentores do poder econômico e moral e, portanto, os já “estabelecidos” perante os palestinos “recém-chegados”, logo, os outsiders, sem suficiente capital econômico, vinculados aos patrícios em termos empregatícios ou orientados para a atividade informal de “mascate”. Pretende mostrar, também, as relações hierárquicas entre palestinos e uruguaios a partir da problemática de classe que parece sugerir uma relação marcada de diferença.
Palavras-chave: Palestinos, alteridade, Chuí, identidade, etnografia, Uruguaios, poder.
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