REPRESENTAÇÕES DA MULHER NAS CRÓNICAS DE JÚLIO DANTAS NA REVISTA ILUSTRAÇÃO PORTUGUESA (1913-1916)
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.3401Palabras clave:
Júlio Dantas, mulheres, representações culturais, Ilustração Portugueza, crónicasResumen
Entre abril de 1913 e maio de 1916, Júlio Dantas publicou 129 crónicas na 2ª série da Ilustração Portuguesa. Iniciada em fevereiro 1906, a 2ª série assumia-se como “Revista semanal dos acontecimentos da vida portuguesa – vida social, vida política, vida artística, vida literária, vida mundana, vida sportiva, vida doméstica” e não incluiu até ao nº 374 qualquer crónica, ao invés do que sucedera em toda a 1ª série (1903-1906). Recuperando a crónica, o diretor Silva Graça entregou a responsabilidade da sua escrita a Júlio Dantas, num formato diverso do anterior que era de temática única; agora a crónica surge, “sob uma nova forma, a do comentário impressivo a idéas e factos, precedido do enunciado rápido desses factos ou d’essas idéas” porque “O leitor moderno lê ‘à la minute’: vinte linhas são suficientes para encontrar um aspecto novo, marcar uma figura, comentar uma iniciativa ou fixar um acontecimento” (Dantas 1913ª, p. 487). Dantas respeitou estes ditames: nas crónicas palpita a realidade social, cultural e política do Portugal republicano com um comentário pessoal sempre conclusivo. Entre os temas tratados, a mulher, cuja realidade sociocultural ganhava um novo impulso, ocupa lugar destacado. Por isso, pela oportunidade temática e originalidade da abordagem, o objetivo deste texto é uma análise de representações da mulher tais como a mulher e a moda, a mulher e a guerra ou a mulher e o movimento sufragista.
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