Dossiê: Cultura Visual e Narrativas da Alteridade

2024-07-22

DOSSIÊ: CULTURA VISUAL E NARRATIVAS DA ALTERIDADE

Organizadores:
• Prof. Dra. Ana Cleia Christovam Hoffman (Universidade Feevale)
• Prof. Dr. Fernando Hernández (Universidad de Barcelona)
• Prof. Dra. Laura Ribero Rueda (Universidade Feevale)

• Prazo para envio dos artigos: até 31 de outubro de 2024
• Previsão de publicação: até 31 de janeiro de 2025  

Desde nossa contemporaneidade, torna-se cada vez mais evidente que a conformação do Outro é atravessado pela matriz da cultura visual, que continuamente analisa e questiona a importância das imagens e como elas subjetivam as nossas vidas, compondo nossas percepções e nossas relações com o mundo. Destaca-se, as contribuições de Fernando Hernández, da Universidade de Barcelona, ao discorrer que “a Cultura Visual é também um campo transdisciplinar, isso significa considerar outras representações visuais portadoras e mediadoras de significados e oposições discursivas que contribuem para pensar o mundo e para pensarmos a nós mesmos como sujeitos” (Hernández, 2011, p. 33). Somos mediados por imagens, portanto a cultura visual não se limita apenas ao espaço de análise em sala de aula, mas estimula e promove uma compreensão mais profunda de como a sociedade se movimenta, se estrutura e produz suas diferenças diante das culturas dominantes e seus estereótipos. Seguindo pistas sobre tais questionamentos, considera-se razoável pensar o Outro, na perspectiva epistemológica de Deleuze e Guattari (1995): interpretar a alteridade a partir da transformação constante das posições sociais, desde a irredutibilidade do que se constitui múltiplo e móvel, como processo constante de trânsito. A partir do cruzamento entre Cultura Visual e Narrativas da Alteridade, este dossiê pretende incluir pesquisas sobre práticas e manifestações culturais que se constituem através de processos de análise e fabricação de lateralidades, de forma interdisciplinar e plural. A alteridade pode ser incorporada e celebrada em nossas instituições e expressões artísticas. O reconhecimento e respeito às diferenças permite a convivência na sociedade tão diversificada que convivemos. Espaços institucionais podem incorporar políticas inclusivas e práticas pedagógicas. Isso pode incluir aulas e projetos escolares e universitários que abordam a experiência de migrantes, aulas de educação sexual que abordam diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, e programas de apoio para crianças de diferentes origens socioeconômicas. No campo da arte, a alteridade pode ser explorada através de várias formas e mídias: filmes, peças de teatro, exposições dialoguem com experiencias e desafios envolvendo a história destes indivíduos. Exposições de arte pode apresentar obras de artistas de diferentes gêneros, idades e orientações sexuais, destacando suas perspectivas únicas. A música e a dança também podem ser usadas para expressar e celebrar a alteridade, seja através de letras de músicas que falam sobre experiências diversas, ou através de estilos de dança de diferentes culturas.
Interessam para este dossiê pesquisas que dialoguem com narrativas da alteridade desde a cultura visual, nos seguintes campos:
• Cultura visual na educação
• Cultura visual e a moda
• Estudos culturais e de gênero
• Imagem e sociedade
• Poéticas artísticas
• Museologia, historiografia e documentação
• Práticas colaborativas e participativas
• Tecnologias, simulacro e criatividade

Dossier: Cultura visual y narrativas de la alteridad
Desde nuestro tiempo, se ha hecho cada vez más evidente que la conformación del Otro está atravesada por la matriz de la cultura visual, que continuamente analiza y cuestiona la importancia de las imágenes y cómo éstas subjetivizan nuestras vidas, componiendo nuestras percepciones y nuestras relaciones con el mundo. Cabe destacar los aportes de Fernando Hernández, de la Universidad de Barcelona, quien sostiene que «La Cultura Visual es también un campo transdisciplinar, lo que supone considerar otras representaciones visuales portadoras y mediadoras de significados y oposiciones discursivas que contribuyen a pensar el mundo y a pensarnos como sujetos» (Hernández, 2011, p. 33). Estamos mediados por imágenes, por lo que la cultura visual no se limita al análisis en el aula, sino que estimula y promueve una comprensión más profunda de cómo la sociedad se mueve, se estructura y produce sus diferencias frente a las culturas dominantes y sus estereotipos. Siguiendo el hilo de estas cuestiones, se considera razonable pensar el Otro desde la perspectiva epistemológica de Deleuze y Guattari (1995): interpretar la alteridad desde la transformación constante de las posiciones sociales, desde la irreductibilidad de lo múltiple y móvil, como un proceso constante de tránsito.Desde la intersección de la Cultura Visual y las Narrativas de la Alteridad, este dossier pretende incluir investigaciones sobre prácticas y manifestaciones culturales que se constituyen a través de procesos de análisis y fabricación de lateralidades, de forma interdisciplinar y plural.  La alteridad puede incorporarse y celebrarse en nuestras instituciones y expresiones artísticas. Reconocer y respetar las diferencias hace posible la convivencia en la sociedad diversa en la que vivimos. Los espacios institucionales pueden incorporar políticas inclusivas y prácticas pedagógicas. Esto puede incluir clases y proyectos escolares y universitarios que aborden la experiencia de los inmigrantes, clases de educación sexual que traten las diferentes orientaciones sexuales e identidades de género, y programas de apoyo a niños de diferentes entornos socioeconómicos. En el campo del arte, la alteridad puede explorarse a través de diversas formas y medios: películas, obras de teatro, exposiciones dialogan con experiencias y retos que implican la historia de estos individuos. Las exposiciones de arte pueden presentar obras de artistas de diferentes géneros, edades y orientaciones sexuales, destacando sus perspectivas únicas. La música y la danza también pueden utilizarse para expresar y celebrar la alteridad, ya sea a través de letras que hablen de experiencias diversas o de estilos de baile de diferentes culturas.
Este dossier se interesa por las investigaciones que dialogan con las narrativas de la alteridad desde el punto de vista de la cultura visual, en los siguientes ámbitos:
• Cultura visual en la educación
• Cultura visual y moda
• Estudios culturales y de género 
• Imagen y sociedad
• Poéticas artísticas
• Museología, historiografía y documentación
• Prácticas colaborativas y participativas
• Tecnologías, simulacros y creatividad

Referências:
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SILVA, T. T. (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis (RJ): Vozes, 2014.