MÁSCARA E RÉCITA MACUNAÍMICA
DOI:
https://doi.org/10.25112/rp.v1i0.712Abstract
Este trabalho analisa a prática poética de Mário de Andrade, perguntando-se sobre a maneira como ele elabora um fundo cultural amplo e forja-o numa imagem coesa, simbolizando, através da figura do Arlequim, todo o seu fazer estético. Para tanto, tratamos da prática do improviso, oriunda da Commedia dell’Arte, pensando a relação entre os cantadores nordestinos, o coletor de estórias e os artistas saltimbancos italianos. Composto na forma de improviso, o romance torna-se récita mítica, feito para ser compartilhado em voz alta e pretende-se mantenedor de uma cultura a ser preservada e transmitida. A rapsódia expandese não só através dos retalhos da roupa do Arlequim, mas pelas circunstâncias de todo um pacto poético, coerente com o papel do artista na sociedade. Isso traz à luz várias culturas sem que haja sobreposição entre elas, apenas contatos e trocas.
Palavras-chave: Mário de Andrade. Macunaíma. Arlequim.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
• Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons - Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
• Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), pois isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.