FILOSOFIA E ÉTICA: IMAGEM TRANSVERSAL DO CURRÍCULO
DOI:
https://doi.org/10.25112/rp.v2i0.590Abstract
A transversalidade produz uma nova forma no conceito de currículo. Todo currículo experimenta uma realidade, vinculado a uma sociedade e a uma cultura, que projetam nele uma imagem. Esse modelo, que aparentemente controla o que cogita, antecipa uma unidade nos seus propósitos. Importa compreender o que pode a filosofia contribuir com essa perspectiva, que unifica um desejo no interior do currículo. Redefinindo orientações pré-postuladas, este texto se acompanha de Nietzsche, de Deleuze e de Guattari para questionar os elementos que compõem tal esfinge. Retomando velhas e novas imagens sobre a educação e sobre o conhecimento, fala como o conceito filosófico de ética, se examinado, pode dispor de uma reflexão que se opera para além da idealidade do discurso. Mostra a impossibilidade de que haja a captura de um bem idêntico, no currículo, como algo que ele oferta de modo prévio. Tece implicações que revelam a emergência do que não está pronto, mas está sempre em vias de, nos tratamentos dados ao que é do bem. Movimentando teorias, conceitos, método, imagens, pretende-se uma análise de como a transversalidade se aporta no currículo através da ética. Ao falar do quadro curricular como predisposição que antecipa algo para além do humano, pretende não conceitualizar o bem, mas materializá-lo como obra aberta à diferença.
Palavras-chave: Transversalidade. Conceito de Currículo. Contribuição da Filosofia. Ética. Diferença.
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