UMA CARTOGRAFIA DO AFETO: A PRESENÇA DA AUSÊNCIA EM DE MIM JÁ NEM SE LEMBRA

Authors

DOI:

https://doi.org/10.25112/rpr.v2i0.1636

Abstract

Esse ensaio analisa a obra De mim já nem se lembra, de Luiz Ruffato (2016), através de um mapeamento do sujeito social e de que forma sua narrativa atravessa os lugares por onde passa. Através da troca de cartas com a mãe, que permanece em Cataguazes, José Célio constrói um espaço único de pertencimento e afetividade através do relato de sua trajetória individual e solitária em São Paulo, cartografada por lugares diferentes e marcada pela ausência. Por isso, esse romance epistolar pode ser visto como uma estratégia de resistência do sujeito ao apagamento do espaço da memória, do afeto e das relações significativas, como consequência do processo modernizador autoritário imposto pela ditadura militar no Brasil à época.
Palavras-chave: Migração. Afeto. Modernização. Ditadura militar.

ABSTRACT
This essay analyzes De mim já nem se lembra from Luiz Ruffato (2016), through a cartography of José Célio, and how his narrative traverses the places he goes through. Through the exchange of letters with his mother, who remains in Cataguases, José Célio´s home town, he aims to build a unique space of belonging and affectivity through the account of his individual and solitary trajectory in São Paulo, mapped by different places and marked mainly by absence. For this reason, this epistolary novel can be considered as a strategy of resistance of the agent to the erasure of the space of memory, affection and significant relationships, as a consequence of the authoritarian modernizing process established by the dictatorship in Brazil.
Keywords: Migration. Affection. Modernization. Dictatorship.

Author Biography

Andressa Macena Maia, Uiversidade do Novo México

Mestranda em Literatura brasileira contemporânea e estudos culturais no Departamernto de Espanhol e Português

Published

2018-07-23

How to Cite

Maia, A. M., & Lehnen, L. M. (2018). UMA CARTOGRAFIA DO AFETO: A PRESENÇA DA AUSÊNCIA EM DE MIM JÁ NEM SE LEMBRA. Revista Prâksis, 2, 06–22. https://doi.org/10.25112/rpr.v2i0.1636