A CARTA DE PIRATININGA (1554) E A GRAMÁTICA DE ANCHIETA: INTERTEXTUALIDADES INTERPRETATIVAS
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.3772Palavras-chave:
Anchieta, Humanismo renascentista, História do pensamento linguísticoResumo
O artigo tem como tema o pensamento linguístico do missionário jesuíta e humanista do Renascimento José de Anchieta (1534-1597), que atuou na América portuguesa do século XVI, então colônia ultramarina do reino de Portugal. A fundamentação teórico-metodológica para a análise do pensamento linguístico de Anchieta é a disciplina de Historiografia da Linguística, pelo modelo koerniano de análise (Koerner, 2014; Swiggers, 2019), e o principal corpus textual para o presente estudo é a carta Quadrimestre de maio a setembro de 1554, de Piratininga, escrita pelo missionário, que relata a situação das missões jesuíticas à época na colônia, sobretudo as relações interculturais com os povos originários, os indígenas de matriz tupi. Analisaremos como a carta serve para a contextualização da gramática de Anchieta sobre a língua tupinambá, a Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595), cuja data de redação foi, provavelmente, entre 1554 e 1556, durante o reinado de D. João III (1502-1557). Nossa análise será pautada pelo conceito de “clima de opinião” (Koerner, 2014) da disciplina de Historiografia Linguística, um conceito fundamental para se compreender como se organizava o círculo intelectual de missionários na antiga colônia do reino de Portugal.
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