RESGATE POLICIAL DE REFÉNS: UMA DISCUSSÃO SOBRE A VIOLÊNCIA E A PRODUÇÃO SOCIAL DO MEDO
DOI:
https://doi.org/10.25112/rp.v2i0.783Resumo
Este artigo tem por objetivo refletir sobre o problema da tomada de reféns como uma forma de expressão da violência, dando visibilidade midiática a ações policiais que costumam despertar socialmente inúmeros afetos, entretanto, destacaremos a análise da produção do medo como forma de controle social. Vale ressaltar que partimos, no entanto, de uma abordagem crítica de um contexto social específico, o do Rio de Janeiro, tomando por base a experiência como psicóloga assessora em ocorrências com tomada de reféns do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), tendo, portanto, acompanhado, em tempo real, várias situações de resgate policial nestes casos entre 2008-2013. Além disso, outra fonte de estudo sobre o tema surgiu de reflexões variadas sobre o lugar do psicólogo, nestes eventos, oriundas do curso de doutorado, em andamento, no Programa de Pós–graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF), na área de violência, subjetividade e exclusão social. Para embasar nossa análise, utilizaremos principalmente as contribuições teóricas de Michel Foucault e Spinoza, assim como outros autores complementares, a fim de discutirmos, numa perspectiva política, alguns aspectos relacionados aos arranjos do dispositivo policial articulado ao controle social dos afetos.
Palavras-chave: Resgate policial de reféns. Controle social. Produção do medo.
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