SOLOS URBANOS E CATÁSTROFES ANUNCIADAS: PERCEPÇÕES DOCENTES, NARRATIVAS E PRÁTICAS ESCOLARES EM TERRITÓRIOS DE RISCO
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.4235Palavras-chave:
Educação em solos, Memória ambiental, Cultura escolar, Práticas pedagógicas, Crises ambientaisResumo
Este artigo propõe uma análise interdisciplinar sobre a presença (ou ausência) da temática dos solos urbanos no ensino de Ciências e Geografia em escolas públicas, a partir das percepções e experiências de docentes frente a eventos climáticos extremos. A investigação foi conduzida com professores da educação básica, atuantes em escolas localizadas no bairro Armando Mendes, na zona urbana de Manaus-AM, território historicamente marcado por alagamentos, deslizamentos de terra e processos de ocupação desordenada. A partir da aplicação de questionários e da escuta de narrativas docentes, buscou-se compreender como a escola e seus agentes constroem sentidos e memórias sobre os desastres ambientais, articulando o saber científico às vivências territoriais, às práticas pedagógicas e às dimensões simbólicas da vida escolar. O estudo é contextualizado à luz dos debates suscitados pelas cheias que devastaram o estado do Rio Grande do Sul em 2024, fato que evidenciou nacionalmente a vulnerabilidade de muitos territórios urbanos e a urgência de repensar os currículos escolares frente à crise climática. Considera-se que os discursos produzidos no espaço educativo não apenas informam, mas também comunicam pertencimento, resistência e sentidos coletivos, ressignificando a relação com os territórios afetados. Defende-se que o solo, enquanto elemento físico, histórico e simbólico, pode ser abordado pedagogicamente como um patrimônio cultural e ambiental que guarda marcas de uma memória social coletiva.
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