A LIBRAS E A CULTURA VISUAL NA ALFABETIZAÇÃO: A LINGUAGEM COMO SUPORTE PARA A COMPREENSÃO DO OUTRO
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.3993Resumo
Neste artigo, evidencia-se o papel da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no que se pode chamar de cultura visual e sua contribuição para a alfabetização, com foco na formação de multiletramentos e no reconhecimento da alteridade. O objetivo deste trabalho é explicitar como a Libras, enquanto língua visuoespacial experimentada em workshops de aprendizagem, pode fortalecer o processo de alfabetização ao integrar elementos visuais e gestuais, promovendo práticas de letramento inclusivas e multimodais. O estudo, de abordagem Qualitativa, foi realizado em uma escola de aplicação localizada na região Sul do Brasil, com a participação de aproximadamente 60 estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 3º anos), incluindo um aluno surdos e ouvintes. Os workshops realizados tiveram como foco a produção de um sinalário de astronomia. Alunos e professor ouvintes colaboraram na seleção e interpretação de termos relacionados ao tema, registrando sinais em fotos e vídeos organizados na plataforma Canva para criar um material educativo visual e acessível. Apesar de não contar com professores surdos, verificou-se o potencial da Libras para promover a inclusão linguística e cultural, gerando mais possibilidades de práticas de alfabetização. Os resultados indicam que a Libras não só amplia o contato com a comunicação inclusiva, como também fomenta o letramento visual e a convivência com a diversidade, consolidando-se como suporte pedagógico central para a formação de estudantes voltada à compreensão do outro.
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