CRIPTOJUDAÍSMO E DIÁSPORA: CLANDESTINIDADE, CICLICIDADE E VIRTUALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.3823Palavras-chave:
Criptojudaísmo, Diáspora, VirtualidadeResumo
Enquanto duraram as perseguições inquisitoriais, muitos cristãos-novos abandonaram Portugal, mas o exílio não foi possível para todos, na medida em que várias diretrizes régias os obrigaram a ficar. Durante séculos, muitos dos que ficaram não perderam a sua fé judaica. Pelo contrário, mantiveram as suas práticas na clandestinidade e transmitiram-na às gerações seguintes até ao presente. Partindo dos textos litúrgicos criptojudaicos recolhidos e publicados, em Portugal, por Samuel Schwarz e Barros Basto, na primeira metade do século XX, pretende-se, com este artigo, analisar a conjugação e a interligação de diferentes fatores, que subjazem à condição exílica, de forma a entender se é adequado falar de uma diáspora virtual criptojudaica. Neste sentido, procuraremos perceber de que maneira podem ser associados os conceitos de clandestinidade, ciclicidade e virtualidade às noções de extraterritorialidade, ficção, fusão, heterotopia e exiliência, analisando as suas complexas interconexões, desvelando parte dos meandros do sistema de crenças criptojudaico e trazendo à luz do dia indícios da oculta identidade marrana.
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