DEMONIZAÇÃO DO FEMININO E MISOGINIA A PARTIR DO MOVIMENTO DE CAÇA ÀS BRUXAS

Autores

  • Valquiria Barros Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.25112/rpr.v1.3500

Palavras-chave:

Misoginia. Demonização. Caça às bruxas.

Resumo

Tomando a demonização da mulher como elemento central de análise sobre as representações do feminino e suas relações com a religião, esta investigação objetivou compreender como foi amalgamado o discurso de inferiorização da mulher no Ocidente a partir da publicação do Malleus Maleficarum (Kramer; Sprenger, 1486) durante a perseguição dos Tribunais do Santo Ofício da Igreja Católica, no período conhecido como caça às bruxas. O objetivo geral deste estudo foi analisar a construção do discurso de subalternização da mulher no Ocidente, tomada a partir das ideias de pecado e culpa previstas no episódio do Pecado Original, relatado na Bíblia Cristã, e da noção de demonização originária dos tratados de demonologia escritos durante a Idade Média. Os resultados destacam a construção simbólico-discursiva como elemento distintivo que relacionam a mulher com o mal, perpetuando a misoginia culturalmente até os dias atuais.

Biografia do Autor

Valquiria Barros, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Doutora em Humanidades, Culturas e Artes pela Universidade do Grande Rio (Rio de Janeiro/Brasil). Colaboradora do Laboratório de Ética em Pesquisa, Comunicação e Sociedade (LECCS/IBqM) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro/Brasil). E-mail: valquiria.vsb@gmail.com

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Publicado

2024-01-03

Como Citar

Barros, V. (2024). DEMONIZAÇÃO DO FEMININO E MISOGINIA A PARTIR DO MOVIMENTO DE CAÇA ÀS BRUXAS. Revista Prâksis, 1, 219–237. https://doi.org/10.25112/rpr.v1.3500

Edição

Seção

Artigos Livres