POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO COMO PROPOSTA LÚDICA PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: O CUIDAR ALÉM DO CURAR
DOI:
https://doi.org/10.25112/rpr.v2.2945Palavras-chave:
Brinquedo terapêutico, Cuidados em Pediatria, Criança Hospitalizada, Cuidar, Cuidados em saúdeResumo
Na infância, passar por uma enfermidade em que, mesmo que temporariamente, exija que a criança seja hospitalizada pode causa dor, sofrimento e ansiedade. E, para mitigar parte do estresse vivenciado com vistas à recuperação da criança, o brinquedo terapêutico (BT) mostra-se relevante. Para este fim, este artigo objetivou refletir acerca das produções científicas nacionais e internacionais que tratam a temática do BT como ferramenta de cuidado, aplicado a crianças hospitalizadas, de 2 a 12 anos de idade, a partir da revisão integrativa de literatura, com busca nas bases de dados MEDLINE/PubMed, CINAHL e SCIELO. E, para construção da questão basal, aplicou-se a estratégia PICo. Assim, considerou-se P: crianças hospitalizadas de 2 a 12 anos de idade; I: submissão ao BT; Co: antes dos procedimentos de enfermagem. Estabelecendo assim a seguinte questão: Qual a resposta de crianças hospitalizadas de 2 a 12 anos de idade (P) submetidas ao BT (I) antes dos procedimentos de enfermagem (Co)? A partir da análise do material encontrado, foi evidenciado que o BT é reconhecido pelos acompanhantes das crianças e pelos profissionais de saúde como um facilitador do processo de trabalho, é uma ferramenta singular que demonstra bons resultados, quando utilizada corretamente. Entretanto, verificou-se que muitas vezes tal ferramenta não é aplicada na prática devido às rotinas institucionais e as dificuldades que circundam todo o cuidado, como a falta de profissionais e de um ambiente adequado.
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