Dossiê: Literatura negro-brasileira: rasuras teóricas, insurgências e inconsciente estético

2025-11-11

✨ Dossiê: Literatura negro-brasileira: rasuras teóricas, insurgências e inconsciente estético ✨ 

Organização:
Dr. Daniel Conte (Universidade Feevale)
Dra. Elen Karla Souza da Silva (Universidade Federal do Amazonas)
Dra. Gabriela de Lima Grecco (Universidade Complutense de Madrid)
Dra. Imara Bemfica Mineiro (Universidade Federal de Pernambuco)

✅ Envio de artigos até 31/05/2026 
📆 Publicação até 31/08/2026 

A revista Prâksis convida pesquisadoras e pesquisadores a submeterem artigos para o dossiê Literatura negro-brasileira: rasuras teóricas, insurgências e inconsciente estético. O dossiê propõe discutir a literatura produzida por autoras negras como um campo de dissidência e reconfiguração epistemológica da Teoria da Literatura. Escritoras como Conceição Evaristo, Jarid Arraes, Ryane Leão, Roberta Tavares e Maria Helena Vargas da Silveira expressam, em suas obras, um gesto de rasura, um modo de repensar o literário a partir das margens, instaurando uma estética marcada por experiências de raça, gênero e pertencimento que tensionam os limites do cânone e da crítica literária eurocentrada. A literatura de autoria negra, em sua dimensão histórica e política, desafia o modelo hegemônico da literatura brasileira ao propor uma revisão de seus fundamentos e narrativas. Essa vertente literária, forjada em resistência, reivindica o protagonismo de sujeitos historicamente silenciados, subvertendo os discursos coloniais e patriarcais que sustentaram a exclusão de vozes negras e femininas. Ao mesmo tempo, reconfigura as formas expressivas e os modos de leitura, instaurando um campo de mediações em que linguagem e engajamento se entrelaçam como potência estética e política. O dossiê busca reunir reflexões que abordem as diversas formas de insurgência estética e teórica presentes na literatura negro-brasileira contemporânea, de sua inserção nas universidades à sua influência na crítica e no ensino de literatura. Interessa-nos pensar as escritoras negras como sujeitas produtoras de teoria e não apenas como objeto de análise, bem como explorar como suas obras instauram novos paradigmas de leitura, representação e legitimidade. A revista Prâksis aceitará contribuições que dialoguem com perspectivas interseccionais, decoloniais e feministas, e que reconheçam na escrita negra um gesto de reinvenção das formas de pensar, sentir e narrar o Brasil.