ÀS PORTAS DAS CIDADES URBANA E CEMITERIAL NA CIDADE DE BELÉM (PA)
DOI:
https://doi.org/10.25112/rco.v1.2867Palabras clave:
Antropologia Urbana, Morte, Cemitério, CidadeResumen
O Cemitério Santa Izabel, localizado em plena metrópole urbana na cidade de Belém – PA, condensa uma série de inter-relações urbanas, imaginárias e emotivas que, ora o fazem aparecer em sua condição material inerte, ora o fazem emergir em uma dimensão carregada de simbolismos e, na medida em que emergem suas significações simbólicas, pode ser visto como uma cidade sutil, quase oculta na metrópole. Pensando esta cidade cemiterial, objetivamos fornecer alguns elementos à compreensão antropológica para a alta circulação de usuários e transeuntes em datas de forte apelo simbólico e coletivo que tematizam a morte, como é o caso do Dia dos Finados. Apoiados numa Antropologia Urbana na e da cidade, o recorte macro e microestrutural enfatizam as significações simbólicas do cemitério e dos ritos fúnebres a ele associados, bem como a relação de tais ritos com o trabalho do luto, para identificar suas práticas e relações diretas e indiretas com o Cemitério Santa Izabel, componente paisagístico e memorial relevante para o imaginário urbano na capital paraense. A partir desse recorte, é possível situar a cidade cemiterial, os ritos fúnebres e o Dia dos Finados como repertórios socioculturais para a realização da conduta de ir ao cemitério tendo por objetivo o trabalho do luto. Conclui-se que a alta circulação no espaço cemiterial no Dia dos Finados pode ser compreendida a partir da prática ritual que visa a dar conta deste trabalho.
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