SUBMUNDO E VIOLÊNCIA: DO SIMULACRO PUBLICITÁRIO À REPROGRAMAÇÃO DO IMAGINÁRIO SOCIAL

Autores

  • Priscila Magossi UNIP-SP

DOI:

https://doi.org/10.25112/bcij.v3i2.3430

Palavras-chave:

comunicação, cibercultura, imaginário social, violência simbólica, violência invisível, publicidade, submundo

Resumo

O presente artigo dedica-se à demonstração sobre a inextricável relação entre o submundo da cibercultura e a violência contra a mulher. Na circunferência desta pesquisa, o submundo refere-se ao oligopólio cartelizado de sites de pornografia, webcamming e packs eróticos, regidos por mandantes ocultos do escrutínio público. A argumentação contempla a reflexão sobre o contrassenso entre o contrato de prestação de serviços (que condiciona a mulher à autorização vitalícia da sua imagem para circulação em qualquer site erótico da rede, bem como a impede de denunciar qualquer tipificação de violência nas plataformas) e a publicidade empresarial (que anuncia a vítima como protagonista do empoderamento feminino). Nesse sentido, o simulacro publicitário provoca a reprogramação do imaginário social, isto é, o curto-circuito entre a semântica e o significante do empoderamento feminino. Diante dessas colocações, este estudo justifica a sua contribuição para a área de comunicação e cibercultura pelo uso predatório e ideológico do imaginário pela publicidade do mencionado submundo.

Biografia do Autor

Priscila Magossi, UNIP-SP

Doutora em Comunicação e Semiótica (PEPGCOS/PUC-SP, 2010-2014, com bolsa da CAPES). Pós-doutora em Comunicação e Culturas Midiáticas (PPGCOM/UNIP, 2022-2023). Pesquisadora da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (ABCiber/PUC-SP) e do grupo de Pesquisas em Mídia e Estudos do Imaginário (UNIP).
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1720-4440
E-mail: pgmagossi@gmail.com.

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Publicado

2023-12-05