A CRÍTICA SOCIAL MACHADIANA INSCRITA EM MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS E MEMORIAL DE AIRES
DOI:
https://doi.org/10.25112/rp.v2i0.765Resumo
O texto literário, como manifestação artística, remete ao contexto estético, histórico e cultural em que foi produzido. Nesse sentido, as referências espaciais contribuem para a instalação da verossimilhança textual e traduzem significações simbólicas, expressando ritos e valores sociais. Este artigo busca explicitar a importância da representação da espacialidade em dois romances machadianos como fator de inter-relação entre as narrativas e o espaço a que elas se reportam, recurso que possibilita depreender a crítica social à sociedade carioca do final do século XIX. Dessa forma, menciona a significação que a transposição de menções à espacialidade do Rio de Janeiro e a objetos introduz nessas narrativas, bem como valores socioculturais e a avaliação da sociedade que eles conotam. Como referencial teórico são utilizados autores que discutem questões referentes à Teoria da Literatura, à Narratologia, à problemática da cultura, à relação entre literatura e sociedade e à história do Rio de Janeiro. A análise, cujo método é interpretativo, mostra que Machado de Assis não é um mero descritor de cenários, mas um acurado crítico que, ao inscrever o Rio de Janeiro do século XIX nos romances que são corpus dessa análise, se posiciona diante de seu contexto e o avalia.
Palavras-chave: Literatura. Narrativa. Machado de Assis. Cultura.
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