EDUCAÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA BIOPOLÍTICA DA IDEOLOGIA HIGIENISTA E SEUS VÍNCULOS EPISTEMOLÓGICOS COM AS TEORIAS DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
DOI:
https://doi.org/10.25112/rco.v2.3052Resumen
Discutimos neste ensaio a constituição do campo da Educação Física como estratégia biopolítica da ideologia higienista entre os séculos XIX e XX e as concepções teóricas do processo saúde-doença como pano de fundo da consolidação da medicina social nestes contextos. Avançamos nesta investigação buscando caracterizar tais concepções de saúde-doença contextualizando-as aos modos de organização da medicina social e saúde pública em sua evolução histórica, desde o seu nascimento no continente europeu até a sua implementação em solo brasileiro. Finalmente, aproximamos os dois campos que compõe esta articulação – Educação Física e Saúde – ao contexto contemporâneo marcado pela reforma sanitária liderada por Sérgio Arouca, que viria a constituir o campo da Saúde Coletiva a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1988, em que se localiza uma tentativa de ruptura sobre paradigma biológico em razão de uma concepção cultural do corpo e da cultura de movimento.
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