ATUAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA PSICOLOGIA NA ATENÇÃO A PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
DOI:
https://doi.org/10.25112/rco.v2.3388Keywords:
Psicologia, Diversidade sexual e de gênero, Transexual, Travesti, Políticas públicasAbstract
The objective of this systematic review was to investigate the care practices used by Psychology professionals in the care of the transsexual and transvestite population in the last ten years. The searched databases were SciELO, Portal de Periódicos CAPES, BVS-Psi, PePSIC and LILACS. The searches resulted in a total of 491 articles, after reading their abstracts, 29 were selected for full reading and six remained composing the analysis corpus of this review, which met the inclusion criteria and the guiding question of the study. Data were divided into three categories of analysis. Among the results, it stands out that the psychosocial approach combined with the perspective of comprehensiveness, networking and guarantee of rights; narrative practice; the technique of masturbation; the sharing of personal stories and group practices as the main findings. The sistematic review showed plural and public practices, involved with the promotion of life, extended care and effective guarantee of the rights of this population.
References
ALMEIDA, Guilherme; MURTA, Daniela. Reflexões sobre a possibilidade da despatologização da transexualidade e a necessidade da assistência integral à saúde de transexuais no Brasil. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) [online]. 2013, n. 14, pp. 380-407. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1984- 64872013000200017. Acesso em: 16 maio 2022.
ALVES, C. E. R. (2017) Nome sui generis: O nome (social) como dispositivo de identificação de gênero. Belo Horizonte, MG: PUC Minas.
ALVES, Edvânia dos Santos; FRANCISCO, Ana Lúcia. Ação psicológica em saúde mental: uma abordagem psicossocial. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2009, v. 29, n. 4, pp. 768-779. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932009000400009. Acesso em: 4 junho 2022
ANTRA. Dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2021 / Bruna G. Benevides (Org). – Brasília: Distrito Drag, ANTRA, 2022. Disponível em: https://antrabrasil.files.wordpress.com/2022/01/dossieantra2022-web.pdf. Acesso em: 10 fev. 2022.
ANZOLIN, Bárbara; MOSCHETA, Murilo dos Santos. Sentidos sobre Diversidade Sexual e o Trabalho de Psicólogas na Atenção Básica. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2019, v. 39, n. spe3, e228644. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003228644. Acesso em: 12 out. 2021.
ARÁN, M.; MURTA, D. (2009). Do diagnóstico de transtorno de identidade de gênero às redescrições da experiência da transexualidade: uma reflexão sobre gênero, tecnologia e saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19(1), 15-41. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-73312009000100003. Acesso em: 7 junho 2022
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BARRETO, D. J. (2016). A (in)visibilidade dos prazeres, das sexualidades e dos gêneros e a parresia na formação queerizada em psicologia: Narrativas de outras perspectivas e experiências docentes (Tese doutorado). Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis, SP, Brasil. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/137972/barreto_dj_dr_assis.pdf?sequence=3&isAllowed=. Acesso: 3 junho 2022.
BENTO, B. O belo, o feio e o abjeto nos corpos femininos. Sociedade e Estado, [S. l.], v. 36, n. 01, p. 157–172, 2021. DOI: 10.1590/s0102-6992-202136010008. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/28303. Acesso em: 9 out. 2021.
BESSA, G. (2014). Sentidos de psicoterapia para homens gays (Dissertação de mestrado). Instituto de Psicologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil. Disponível em https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/21280/1/SEntidosPsicoterapiaHomens.pdf. Acesso em: 27 out. 2021.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Carta dos direitos dos usuários da saúde / Ministério da Saúde. – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 28 p. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/AF_Carta_Usuarios_Saude_site.pdf. Acesso em: 10 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integralde Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Brasília: 1. ed., 1. reimp. Ministério da Saúde, 2013. 32 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf. Acesso em: 4 set. 2021.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero [recurso eletrônico]: feminismo e subversão da identidade, 16ed., Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018a.
BUTLER, Judith. Corpos que importam [recurso eletrônico]: os limites discursivos do “sexo”. Tradução de Verônica Daminelli e Daniel Yago Françoli. São Paulo: n-1 edições, 2019.
BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: Notas para uma teoria performativa de assembleia. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira, 2018b.
CABRAL, Clarice Cezar; MUÑOZ, Nuria Malajovich. Uma transição compartilhada: sobre o acolhimento em saúde mental em um ambulatório do processo transexualizador do SUS. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental [online]. 2021, v. 24, n. 2, pp. 259-280. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1415-4714.2021v24n2p259.3. Acesso em: 9 abril 2022.
CASSAL, L. C. B. (2018). Um estudo entre ruínas: O programa Rio sem homofobia e a política LGBT fluminense. Rebeh: Revista Brasileira de Estudos da Homocultura, 1(4), 124-162. Disponível em: https://revistas.unilab.edu.br/index.php/rebeh/article/view/163/117. Acesso em: 9 abril 2022
COSTA, Angelo Brandelli et al. Construção de uma escala para avaliar a qualidade metodológica de revisões sistemáticas. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2015, v. 20, n. 8 pp. 2441-2452. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-81232015208.10762014. Acesso em: 27 out. 2021
CIDH. Inter-American Commission on Human Rights. Situação dos direitos humanos no Brasil: Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 12 de fevereiro de 2021 / Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Disponível em: http://www.oas.org/pt/cidh/relatorios/pdfs/Brasil2021-pt.pdf. Acesso em: 3 out. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília, agosto de 2005. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf. Acesso 04 set. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de direitos / Conselho Federal de Psicologia. Brasília: CFP, 2011. Disponível em: https://site.cfp.org.br/publicacao/psicologia-e-diversidade-sexual-desafios-para-uma-sociedade-de-direitos/. Acesso em 18 set. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Nota técnica sobre processo transexualizador e demais formas de assistência às pessoas trans. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 2013. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2013/09/Nota-t%C3%A9cnica-processo-Trans.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP n. 1, de 22 de março de 1999. Estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia 1999. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf. Acesso em: 16 set. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Resolução CFP n. 1, de 29 de janeiro de 2018. Estabelece normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis. Brasília, DF: Conselho Federal de Psicologia, 2018. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2018/01/ Resolu%C3%A7%C3%A3o-CF-01-2018.pdf. Acesso em: 16 set. 2022
DÍAZ, G. A. (2012). Sexualidade(s): Concepções de psicólogos/as de unidades básicas de saúde de Florianópolis (Dissertação de mestrado). Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/1 00483/308007.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 14 set. 2021
DETONI, Priscila Pavan; MACHADO, Paula Sandrine; NARDI, Henrique Caetano. A produção da diversidade sexual e de gênero nas práticas do CRAS. Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 24, n. 3, p. 281-291, set. 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413294X2019000300006&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 9 abril 2022.
DETONI, P. P.; MARQUES, D. M.; SOARES, L. V.; NARDI, H. C. (2011). As formas do “fazer psi” e a constituição das políticas públicas associadas à diversidade sexual. Revista Psicología Política, 11(22), 279-294. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3898929. Acesso em: 23 maio 2022.
FEUERWERKER, L. C. M. Cuidar em saúde. p. 43-57. IN: VER-SUS Brasil: cadernos de textos [documento eletrônico] / Associação Brasileira da Rede Unida; organização de Alcindo Antônio Ferla, Alexandre de Souza Ramos, Mariana Bertol Leal, Mônica Sampaio de Carvalho. – Porto Alegre: Rede Unida, 2013. 106 p. (Coleção VER-SUS/Brasil). Disponível em: http://www.redeunida.org.br/media/ckeditor_files/2020/06/08/caderno-de-textos-min.pdf. Acesso em: 23 set. 2021.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber, tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.
GARCIA, Aline Monteiro; D’ANGELO, Luisa Bertrami. Corpos Trans* na Medida Socioeducativa de Internação: Desestabilizando Práticas e Produzindo Novidades. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2019, v. 39, n. spe3, e229281. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003229281. Acesso em: 9 abril 2022.
GIANNA, Maria Clara. Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais: cinco anos de desafios e realizações in: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Transexualidade e travestilidade na saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 194 p. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/transexualidade_travestilidade_saude.pdf . Acesso em: 18 set. 2021
GUILHON, Flávio et al. [ARTIGO PARCIALMENTE RETRATADO] Centro de Cidadania LGBT: Memórias e Experiências no Campo das Práticas Psi em Prol da Defesa dos Direitos Humanos. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2019, v. 39, n. spe3, e228604. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003228604. Acesso em: 9 abril 2022.
MEYER, Dagmar Estermann et al. Vulnerabilidade, gênero e políticas sociais: a feminização da inclusão social. Rev. Estud. Fêmea, Florianópolis, v. 22, n. 3, pág. 885-904, dezembro de 2014. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104026X2014000300009&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 23 maio 2022.
MIZAEL, T, M.; GOMES, A. R., & MAROLA, P. P. (2019). Conhecimentos de estudantes de Psicologia sobre normas de atuação com indivíduos LGBTs. Psicologia: Ciência e Profissão, 39, 1-20. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003182761. Acesso em: 16 set. 2021.
MONTEIRO, Simone e BRIGEIRO, Mauro. Experiências de acesso de mulheres trans/travestis aos serviços de saúde: avanços, limites e tensões. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2019, v. 35, n. 4. e00111318. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311X00111318. Acesso em: 3 out. 2021.
MOREIRA, Maria Ignez Costa; PATELLI, Celso Fernandes. TranspareSer: Autonomia e Exercício de Direitos de um Coletivo de Pessoas Transexuais. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2019, v. 39, n. spe3, e228497. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003228497. Acesso em: 9 abril 2022.
NOGUEIRA, S. N. B.; AQUINO, T. A.; CABRAL, E. A. Dossiê: a geografia dos corpos das pessoas trans. Aracaju: Rede Trans Brasil, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2sVI6D5. Acesso em: 22 out. 2021.
OLIVEIRA, Itauane de; ROMANINI, Moises (Re)escrevendo roteiros (in)visíveis: a trajetória de mulheres transgênero nas políticas públicas de saúde. Saúde e Sociedade [online]. 2020, v. 29, n. 1, e170961. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902020170961. Acesso em: 18 out. 2021.
OLIVEIRA, Marcos de Jesus. Uma etnografia sobre o atendimento psicoterapêutico a transexuais. Revista Estudos Feministas [online]. 2014, v. 22, n. 3, pp. 839-862. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300007. Acesso em: 9 abril 2022.
PRECIADO, B. (2014). Manifesto contra-sexual. São Paulo: n-1 edições
RODRIGUES, Liliana; CARNEIRO, Nuno Santos; NOGUEIRA, Conceição. História das abordagens científicas, médicas e psicológicas sobre as transexualidades e suas aproximações críticas. Saúde e Sociedade [online]. 2021, v. 30, n.2 e200768. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-12902021200768. Acesso em: 9 out. 2021.
TRASNGENDER EUROPE (TGEU); Trans Respect Versus Transphobia Worldwide. TMM Update. Trans day of remembrance 2021. Disponível em: https://transrespect.org/en/tmm-update-tdor-2021/. Acesso em: 17 nov. 2021
VIEIRA, Erick da Silva et al. Psicologia e Políticas de Saúde da População Trans: Encruzilhadas, Disputas e Porosidades. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2019, v. 39, n. spe3, e228504. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003228504. Acesso em: 10 out. 2021
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Michele Bittencourt, Bruna Wendt
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
• Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons - Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
• Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), pois isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
