Por que projetar?

Autores

  • José Arthur Fell

Resumo

Este ensaio tenta dar uma resposta à necessidade de um projeto arquitetônico; pergunta lançada num seminário, ministrado por Corona Martínez, no PROPAR e do qual participei como aluno mestrando. O texto apresenta uma abordagem em relação ao começo da necessidade de se desenhar e se classificar os elementos de projeto, ou seja, os elementos de arquitetura. Menciona-se então Vitrúvio, século I A.C., e os tratadistas que o seguiram, mais de quinze séculos após, na organização e classificação das cinco ordens clássicas. Mostra-se, também, como outro tratadista, J.N.L. Durand, que, no século XIX, através de suas Léçons, trouxe ao academicismo clássico uma  nova forma de se organizar um processo projetual com o uso da elementaridade, da composição arquitetônica e da adoção de tipos programáticos conforme a conveniência. Novos métodos de projeto iniciavam a partir de Durand e seguem até os dias atuais, como o desenho com escalas, com quadrículas e com o uso de perspectivas cônicas. É mencionado também a questão da necessidade de representação gráfica do projeto como forma documental, bem como, a importância de se compreender que o desenho reproduz o conjunto de elementos de arquitetura e da composição resultante, que evoluiu na história quanto à especialização dos espaços e às suas utilizações. A questão tipológica fica então visível através de um processo de projeto já que a relação forma X função determina o tipo arquitetônico devido para determinada função (destinação), independentemente do modelo tipológico que se vá optar de acordo com a forma almejada.
Palavras-chave: Projeto; elementos de arquitetura; elementos de composição; tipologia; tipo e modelo.


Abstract
This essay tries to give an answer to the necessity of an architectural project; question launched in a seminar, ministered for Corona Martínez, at the PROPAR and in which I participated as a mastership student. The text begins with an approaching in relation to where had began the necessity of drawing and the classification of the elements of project, in other words, the elements of architecture. Someone mentions Vitruvio, I b.C, and the treatises writers that had followed him, more than fifteen centuries after, in the organization and classification of the five classic orders. Someone shows, also, how another treatise writer, J.N.L. Durand, who, in the XIX century, through his Léçons, brought to the classic academicism a new form of organizing a projectual process with the use of the elementarity, of the architectural composition and of the adoption of pragmatic types according to convenience. New project methods began after Durand and follows until nowadays, like the drawing with scales, with squared lines and with the use of conical perspectives. It is mentioned also the question of the necessity of graphic representation of the project as a documental form, as well, the importance of comprehending that the drawing reproduces the collection of architectural elements and of the resultant composition, which has evolved in history as for the specialization of the spaces and as for their utilizations. The typological question stays then visible through a project process since the relation form X function determines the architectural type due to determined function (destination), independently of the typological model that someone goes to opt according to the yearned form.
Key words: Project; elements of architecture; elements of composition; typology; type and model.

Downloads

Edição

Seção

Artigos livres