PARTICIPAÇÃO FEMININA E DESEMPENHO AMBIENTAL, SOCIAL E DE GOVERNANÇA (ESG) EM EMPRESAS SEDIADAS EM PAÍSES EMERGENTES
DOI:
https://doi.org/10.25112/rgd.v22i2.4315Palavras-chave:
Participação feminina, Desempenho ESG, Países EmergentesResumo
A representatividade feminina em altos cargos de gestão tem sido amplamente debatida e estudada nos últimos anos, impulsionada pelo aumento das oportunidades educacionais para mulheres, o que contribui para sua maior inserção em grandes empresas. Além disso, destaca-se a crescente valorização da diversidade nas organizações, evidencia o papel essencial da participação feminina nos altos cargos de gestão, especialmente quando associada ao desempenho ambiental, social e de governança (ESG). Diante dos desafios relacionados à equidade de gênero e à sustentabilidade corporativa, este estudo teve como objetivo analisar a participação feminina em altos cargos de gestão e a sua influência no desempenho ambiental, social e de governança (ESG) em empresas sediadas em países emergentes. A pesquisa é de natureza descritiva, com abordagem quantitativa, fundamentada em dados secundários obtidos na base Refinitiv. A análise foi conduzida por meio de regressão linear múltipla com dados em painel, abrangendo o período de 2015 a 2023, alinhado ao marco do lançamento da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. A população do estudo compreendeu 24.090 empresas distribuídas em 24 países emergentes, sendo eles: Brasil, Chile, China, Colômbia, República Tcheca, Egito, Grécia, Hungria, Índia, Indonésia, Kuwait, Malásia, México, Peru, Filipinas, Polônia, Catar, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Taiwan, Tailândia, Turquia e Emirados Árabes Unidos, resultando em uma amostra final de 4.111 companhias que apresentaram informações completas para a análise. A estatística descritiva revelou aspectos importantes sobre as variáveis analisadas. No que se refere à participação feminina, observou-se uma média de 15,85% em cargos de direção e variações importantes entre as empresas, evidenciando que muitas ainda não possuem mulheres em posições de liderança. A análise das variáveis de controle mostrou que empresas de maior porte tendem a apresentar maior participação feminina nos altos cargos de gestão e níveis mais elevados de divulgação ESG. Os resultados demonstraram que a presença feminina nos altos cargos de gestão está positivamente associada ao desempenho ESG, bem como aos seus três pilares - ambiental, social e de governança - em determinadas configurações de controle. Tais achados reforçam a importância da diversidade de gênero, em especial, a participação feminina como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável nas economias emergentes. Como sugestões para estudos futuros, propõe-se a incorporação de variáveis adicionais relacionadas à sustentabilidade corporativa, como políticas internas de diversidade, práticas de inovação sustentável e governança climática.
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