QUALIDADE LOGÍSTICA E SEUS EFEITOS NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE BENS AGRÍCOLAS
DOI:
https://doi.org/10.25112/rgd.v19i1.2696Palavras-chave:
Comércio internacional, Bens agrícolas, Modelo GravitacionalResumo
A qualidade da rede logística é um importante aspecto das relações comerciais entre países, principalmente no caso dos bens agrícolas, pois a rapidez e cuidado na entrega são de extrema importância por sua maior perecibilidade. Assim, esse trabalho tem por objetivo avaliar o impacto da eficiência logística nas exportações de bens agrícolas, no período entre 2007 e 2018, para um grupo de 168 países. Para tanto, propõe a realização de uma análise descritiva de um indicador de eficiência logística e a estimação de uma regressão baseada no modelo gravitacional. A análise descritiva mostrou que os países com pior desempenho são aqueles mais pobres e os do continente africano, enquanto os de melhores resultados são aqueles de alta renda. A regressão estimada revelou que uma maior qualidade logística afeta positivamente as exportações agrícolas. Desta forma, é necessário discutir quais políticas e ações devem ser feitas com o objetivo de aprimorar a rede de logística nos países, estimulando projetos que visem melhorar a infraestrutura, a rastreabilidade e tornar mais eficientes os procedimentos aduaneiros.
Referências
ANDERSON, J. E. A Theoretical foundation for the gravity equation. American Economic Review. v. 69, n. 1, p. 106-116, 1979.
ANDERSON, J. E.; VAN WINCOOP, E. Trade costs. Journal of Economic Literature, v. 42, n. 3, p. 691-751, 2004.
ANDERSON, J. E. The Gravity Model. Annual review of economics, v. 3, 2011.
BALDWIN, R.; TAGLIONI, D. Gravity for Dummies and Dummies for Gravity Equations. [s.l: s.n.], 2006. Disponível em: http://www.nber.org/papers/w12516. Acesso em: 26 out. 2020.
CASTILLO, R. A. Agricultura globalizada e logística nos cerrados brasileiros. In: SILVEIRA, M. R. (org.). Circulação, transportes e logística. São Paulo: Outras Expressões, 2011.
CORREIA, S.; GUIMARÃES, P.; ZYLKIN, T. Fast Poisson estimation with high-dimensional fixed effects. The Stata Journal, v. 20, n. 1, 2020.
FAO. Food and Agriculture Organization – FAOSTAT. Disponível em: http://www.fao.org/faostat/en/#home. Acesso em: 14 fev. 2020.
FIRME, V. A. C.; VASCONCELOS, C. R. F. Main Determinants of Opening Antidumping Cases: A Poisson Analysis Using Panel Data. The International Trade Journal, v. 34, p. 387-414, 2020.
HANDABAKA, A. R. Gestão logística da distribuição física internacional. São Paulo: Ed. Maltese, 1994.
HASHIBA, T. I. Metodologia para escolha de modal de transporte, do ponto de vista da carga, através da aplicação do método de análise hierárquica. Dissertação (Mestrado em Engenharia Naval e Oceânica). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012.
JANELLE, D. G.; BEUTHE, M. Globalization and research issues in transportation. Journay of Transport Geography, v. 5, n. 3, p. 199-206, 1997.
KOURINEK, J.; SOURDIN, P. To What Extent Are High-Quality Logistics Services Trade Faciliting? OECD Trade Policy Papers, Paris, n. 108, 2011.
KRUGMAN, P.; OBSTFELD, M. Economia Internacional. 8. ed. São Paulo: Editora Pearson, 2009.
LEVY, A. R. Situação da estratégia logística dentro da estratégia integrada de comercialização. Revista de administração de empresas, v. 17, n. 5, p. 69-78, 1977.
LIMÃO, N.; VENABLES, J. A. Infrastructure, Geographical disadvantage, transport costs, and Trade. The World Bank Economy Review, v. 15, n. 3, p. 451-479, 2001.
LUTTERMAN, S.; KOTZAB, H.; HALASZOVICH, T. The impact of Logistic on international trade and investments flows. In: NOFOMA CONFERENCE TAKING ON GRAND CHALLENGES, 29. Anais… Lund University, Suecia, 2017.
MARTÍ, L.; PUERTAS, R.; GARCÍA, L. The importance of the Logistics Performance Index in international trade. Applied economics, v. 46, n. 24, p. 2982-2992, 2014.
MARTINI, F. E. S. Custo de logística nas exportações de café: O caso do Porto Seco de Varginha. Tese (Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada). Universidade Federal de Viçosa, 2002.
MATERA, R. R. T. O desafio logístico na implantação de um aeroporto indústria no Brasil. Journal of Transport Literature, v. 6, n. 4, p. 190-214, 2012.
MILAN, M. A. The problems of measuring Efficiency in Logistics. LOGITICS INTERNATIONAL CONFERENCE, 1., Belgrado, novembro 2013. Anais... Belgrado, 2013.
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). The economic impact of trade facilitation. OCDE Trade Policy Working Paper, n. 21, Paris, 2005.
PIERMARTINI, R.; YOTOV, Y. V. Estimating Trade Policy Effects with Structural Gravity. CESIFO WORKING PAPER, [s.l: s.n.], 2016. Disponível em: www.RePEc.org. Acesso em: 26 out. 2020.
PONTES, D. I. S. Da proximidade geográfica ao cluster inovativo: um estudo sobre o modelo brasileiro de zona de processamento de exportação. Revista Gestão e Desenvolvimento, v. 15, n. 1, p. 79–103, 2018. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistagestaoedesenvolvimento/article/view/1154. Acesso em: 6 fev. 2022.
PORTUGAL-PEREZ, A.; WILSON, J. S. Export performance and trade facilitation reform: Hard and soft infrastructure. World Development, v. 40, n. 7, p. 1295-1307, 2012.
SANTOS SILVA, J. M. C.; TENREYRO, S. Further simulation evidence on the performance of the Poisson pseudo-maximum likelihood estimator. Economics Letters, v. 112, n. 2, p. 220-222, 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.econlet.2011.05.008. Acesso em: 11 fev. 2022.
SANTOS SILVA, J. C.; TENREYRO, S. The log of gravity. The Review of Economics and statistics, v. 88, n. 4, p. 641-658, 2006.
SASLAVSKY, D.; SHEPHERD, B. Facilitating International Produtction Network: The role of trade logistics. Policy Research Working Paper 6224, The World Bank, 2012. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/12061/ wps6224.pdf?sequ ence=1. Acesso em: 08 set. 2019.
SILVA, V.; AMARAL, A. M. P. Segurança alimentar, comércio internacional e segurança sanitária. Informações Econômicas, São Paulo, v. 34, n. 6, 2004.
SISCOMEX. Sistema Harmonizado. Disponível em: http://siscomex.gov.br/aprendendo-a-exportar/planejando-a-exportacao/classificando-mercadorias/sistema-harmonizado/. Acesso em: 22 jan. 2021.
TINBERGEN, J. Shaping the World Economy: Suggestions for an International Economy Policy. American Journal of Agricultural Economics. v. 46, n. 1, 1964.
UNCTAD. Trade facilitation and development: Driving trade competitiveness, border agency effectiveness, and strengthened governance. Transport and trade facilitation, n. 7, 2016.
WITS. Database. Disponível em: http://wits.worldbank.org. Acesso em: 06 ago. 2019.
WORLD BANK. Connecting to compete: Trade logistics in the global economy 2018 Report. Genebra 2018 Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/ bitstream/handle/10986/29971/LPI2018.pdf. Acesso em: 05 ago. 2019.
WORLD BANK. Database. Disponível em: http://data.worldbank.org/indicator/ NY.GDPMKTP.CD. Acesso em: 07 jan. 2020.
WORLD ECONOMIC FORUM (WEF). The Global Competitiveness Report 2018. Genebra: 2018. Disponível em: http://www3.weforum.org/docs/GCR2018/05 FullReport/TheGlobalCompetitivenessReport2018.pdf. Acesso em: 15 mai. 2019.
WORLD TRADE ORGANIZATION (WTO). Speeding up trade: benefits and challenges of implementing the WTO Trade Facilitation Agreement. World Trade Report 2015, Genebra, 2015. Disponível em: https://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/ world_trade_report15_e. pdf. Acesso em: 16 maio 2019.
YOTOV, Y.; PIERMARTINI, R.; MONTEIRO, J. A.; LARCH, M. An advanced guide to trade policy analysis: The structural gravity model. WTO iLibrary, 2016.
ZHANG, L.; SCHIMANSKI, S. Cadeias globais de valor e os países em desenvolvimento. IPEA. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5322/1 /BEPI_n18_Cadeias.pdf. Acesso em: 27 out 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Carolina Rodrigues Corrêa Ferreira, Lauro Cesar Pinto Fagundes, Bruna Gonçalves de Souza

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
• Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons - Attribution 4.0 International (CC BY 4.0).
• Os autores são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), pois isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.